
Os olhos começam a se desenvolver quando o feto possui apenas cerca de 22 dias, e o processo se dá em múltiplas camadas. A parte frontal do cérebro do feto inicia o desenvolvimento de duas pequenas bolas em hastes. Enquanto isso, a ectoderme – uma camada exterior de tecido – começa a ficar mais espessa sobre essas duas esferas. De repente, as bolas vão perdendo o conteúdo em seu interior e se tornando ocas. Imagine colocar o polegar em uma bola de massa e tirar o que tem dentro para moldá-la e transformá-la em um copo. Com exceção do polegar, é isso que acontece.
Esse “copo” começa a se desenvolver no tecido diferenciado, que irá formar a retina e a maior parte do olho. Repousando sobre o tecido está a ectoderme, engrossada, que irá se tornar o cristalino, considerado a lente do olho. Finalmente, quando o olho termina seu desenvolvimento, as paredes do tal copo se unem, fechando o cristalino e deixando apenas um pequeno buraco na frente – a pupila – e formando o olho como o conhecemos.
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O coloboma pode causar problemas de visão para os pacientes, em parte por conta do vazamento de luz ocasionado justamente pela pupila expandida. Outro possível problema diz respeito ao sistema circulatório: a falta do fechamento pode prejudicar a circulação de sangue no olho. Entretanto, na maior parte dos casos, o coloboma só resulta em uma visão ligeiramente embaçada e um incômodo a luzes fortes – além de uma vida cheia de pessoas lhe perguntando onde você conseguiu essas lentes de contatos bacanas.
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